sábado, 28 de janeiro de 2012

Águia ou galinha?

Outro dia estava na escola em que trabalho próxima a alguns alunos, que esperavam o ônibus.
No meio da algazarra comum que se tem quando adolescentes se reúnem, uma coisa me chamou a atenção: eles estavam falando sobre sonhos. Não aqueles que se tem a noite, mas sonho sobre o futuro, sobre o desejo de ser mais, de se profissionalizar através do estudo, de ir além...
Isso me fez refletir sobre o papel poderoso que nós, educadores, temos nas mãos. Aquele grupo de estudantes de um bairro periférico falavam sobre o desejo de estudar, de se tornarem médicos, advogados, enfermeiros. Independente da profissão, eles demonstravam entender que o estudo era o primeiro passo.
Sonho de serem "doutores" através do estudo e de seu trabalho, em um bairro estigmatizado por ser periférico. Estigmatizado sim, porque só sabemos através da imprensa dos casos de violência. Eu mesma antes de ir trabalhar lá compartilhava desse tipo de preconceito.


Quantas vezes esses preconceitos nos limitam? limitam o alcance da prática educacional? muitas...
A partir de nossos preconceitos acabamos agindo de forma a limitar a potencialidade nos nossos alunos, limitando a prática educativa ao simples ato de transmitir conhecimentos. Transformamos águias em galinhas...
Para refletir...





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